A violência sexual tem sido retratada desde a antiguidade, fazendo parte das vivências de várias gerações e classes sociais, e sendo frequentemente encarada como um fenómeno bastante complexo, com uma multiplicidade tanto de causas como de consequências para a própria vítima.
Este estudo pretendeu avaliar a existência de diferenças entre violadores não-específicos e violadores específicos. A amostra foi composta por homens condenados por violação (N=53). Um primeiro grupo composto por indivíduos com historial de outros crimes para além do crime de violação (N=33), com idades compreendidas entre os 20 e 48 (M= 32,45; DP= 7,49). Um segundo grupo composto por indivíduos que ó cometem crimes de violação, com idades compreendidas entre os 21 e 58 (M= 35,94; DP= 11,33).
Os resultados demonstraram que não se verificaram efeitos principais estatisticamente significativos para os blocos de variáveis utilizadas na diferenciação dos grupos, exceto para o domínio da Psicopatologia. Neste domínio a variável da sensibilidade interpessoal esteve perto do limiar da significância estatística (p=.56), sendo que os violadores específicos apresentaram uma maior sensibilidade interpessoal.
Ainda assim, olhando para os parcos resultados significativos, poderemos sugerir que estudos futuros foquem as dimensões do foro interpessoal na avaliação das características das diferentes tipologias de agressores sexuais.
- PSICOPATOLOGIA
- VIOLÊNCIA SEXUAL
- MESTRADO EM PSICOLOGIA FORENSE
- PSICOLOGIA
- TID:201755343
Violadores específicos e não específicos: comparação do funcionamento sexual e psicopatologia
Alvas, L. S. F. (Autor). 2017
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado