Diversos estudos apontam que elevados níveis de impulsividade podem ser um fator indutor para o uso de drogas e/ ou para a recaída, com os consumidores de substâncias a apresentarem diferenças na alteração do seu controlo inibitório. Assim, o compromisso desta investigação é examinar a relação entre o consumo de substâncias e a sua influência no controlo inibitório de indivíduos com perturbação causada pela sua utilização. Para tal, procedeu-se a uma investigação quantitativa descritiva numa amostra composta por 568 indivíduos, em instituições portuguesas, dividida em dois grupos: clínico e normativo. Cientes que muitos investigadores estudam o controlo inibitório usando o Stroop Test optou-se por este instrumento, nas duas versões: a original e a neuropsicológica. Além do Teste de Stropp também foram utilizadas a Bateria de Avaliação Frontal (FAB) e a Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA). Os dados analisados foram tratados pelo programa estatístico SPSS versão 20.0. Através das análises realizadas concluiu-se que o Teste de Stroop é uma valiosa ferramenta para que se possa perceber as diferenças nos níveis de MoCA e FAB, bem como entre os indivíduos dos dois grupos analisados, o que reitera a sua mais valia na discriminação de diferenças no funcionamento cognitivo e executivo de indivíduos. Relativamente ao controlo inibitório, os indivíduos da amostra estudada não apresentaram um comprometimento severo, contrariando as expetativas iniciais da investigação.
- MESTRADO EM NEUROPSICOLOGIA APLICADA
- PSICOLOGIA
- NEUROPSICOLOGIA
- TESTE DE STROOP
- SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS
- CONTROLO INIBITÓRIO
- TID:202460940
Teste de Stroop e o controlo inibitório no contexto da perturbação por utilização de substâncias
Miranda, J. M. D. S. (Autor). 2019
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado