A simulação de sintomas é uma das questões mais complicadas na Psicologia Forense.
De acordo com o DSM-V, a simulação é “a produção intencional de sintomas físicos ou
psicológicos falsos ou grosseiramente exagerados motivada por incentivos externos”.
Um exemplo de incentivo externo é um processo judicial, em que o indivíduo simula
sintomas de forma a amenizar ou evitar a pena. O contexto forense é caraterizado por
indivíduos que apresentam, frequentemente, problemas de saúde mental, complexos e
comórbidos, dificuldades cognitivas; que cometeram ofensas graves e que, habitualmente,
sofreram de maus-tratos na infância. A literatura apresenta diferentes explicações e
motivações que têm sido propostas para a construção da simulação, como o modelo
patogénico, o modelo criminológico‚ e o modelo adaptativo. A não deteção da simulação
é uma grande ameaça à tomada de decisões, mais especificamente, no contexto legal.
Objetivo: Face ao exposto, torna-se importante reunir evidências científicas sobre a
simulação de sintomas em contexto forense. Para responder a este objetivo, foi realizada
uma revisão sistemática da literatura recorrendo a bases de dados como PubMed,
WebOfScience e EBSCO. Os resultados dos estudos incluídos revelaram que o histórico
de doença mental, no contexto forense, pode ser um preditor para indivíduos que
simulam sintomas. Conclusão: A simulação de sintomas consiste numa questão crítica
no contexto forense que requer atenção cuidadosa por parte dos profissionais de saúde
mental e forenses.
Palavras-chave: simulação, contexto forense, fingidores, engano
- MESTRADO EM PSICOLOGIA FORENSE
- PSICOLOGIA
- PSICOLOGIA FORENSE
- SINTOMATOLOGIA
- TID:203527259
Simulação de sintomas em contexto forense : uma revisão sistemática da literatura
Moreira, L. N. D. (Autor). 2023
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado