O cancro é uma doença que tem vindo a afetar cada vez mais pessoas em todo o
mundo. Caracterizado pelo crescimento anormal das células, desrespeitando o seu ciclo e
crescimento natural. É sabido através de agências de estatística que a incidência do cancro
renal, em particular, tem vindo a aumentar, sendo um dos tipos de cancro mais frequentes
em Portugal. No que respeita ao seu tratamento, têm vindo a ser realizadas investigações na
tentativa de descobrir novos tratamentos farmacológicos, de forma a aumentar a sobrevida
dos doentes. Neste sentido, têm sido exploradas novas classes de compostos, como alguns
compostos bioativos presentes na dieta, os quais têm revelado propriedades interessantes,
como a ação antitumoral. A quercetina, pertencente à classe dos flavonóides é um desses
compostos bioativos com diversas propriedades, incluindo essa atividade antitumoral.
Neste sentido, no âmbito desta dissertação estudou-se experimentalmente o impacto
da quercetina no cancro renal. Para isso, foi utilizado como modelo «in vitro», as células
786-O, células tumorais renais humanas e o ensaio do cristal violeta para avaliar o impacto
deste composto na viabilidade celular (entre 24 e 48 h). A quercetina foi testada em
diferentes concentrações (1,5; 2,5; 5; 7,5 e 10 µM) isoladamente e posteriormente em
combinação com a cisplatina (25 µM), fármaco antitumoral amplamente utilizado.
A quercetina não demonstrou efeito antitumoral, nas condições experimentais e no
modelo celular utilizados. No entanto, deverão ser realizados mais estudos e continuar a
avaliar-se o seu potencial contra o cancro renal
- MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
- CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
- CANCRO RENAL
- CISPLATINA
- CÉLULAS
- CITOTOXICIDADE
- TID:203110056
Quercetina, um flavonóide com potencial impacto no cancro renal?
Pina, D. S. (Autor). 2022
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado