O presente estudo procurou investigar se existem diferentes perfis de mulheres sexualmente
agressivas e testar se existem diferenças entre esses perfis em sintomas psicopatológicos, mitos
sobre a VS, dificuldades de regulação emocional e na intimidade. A amostra foi composta por
559 estudantes universitárias heterossexuais, verificando-se que 31.1% já recorreu, pelo menos
uma vez, a estratégias sexualmente agressivas na interação com o sexo oposto. Deste grupo de
participantes, foram encontrados dois perfis: Mulheres que recorrem às três estratégias de forma
igualitária; e Mulheres que recorrem maioritariamente à coação sexual. Não foram encontradas
diferenças significativas entre os perfis na psicopatologia, crenças sobre VS e dificuldades de
regulação emocional. Relativamente à intimidade, os perfis distinguem-se na Validação Pessoal
e na Comunicação. Especificamente, as mulheres que recorrem maioritariamente à coação
sexual sentem-se menos validadas pelo parceiro e consideram existir menos comunicação entre
o casal, comparativamente às mulheres que recorrem às três estratégias de forma igualitária.
Estes resultados sublinham a importância da implementação de programas de prevenção e
intervenção em contexto universitário, que se devem focar não só na heterogeneidade das
mulheres sexualmente agressivas, mas também nos fatores de risco dinâmicos, com especial
destaque para as dificuldades ao nível relacional na intimidade.
- MESTRADO EM PSICOLOGIA FORENSE
- PSICOLOGIA FORENSE
- ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
- MULHERES
- FATORES DE RISCO
- VIOLÊNCIA SEXUAL
- TID:203157354
Perfis de mulheres sexualmente agressivas e fatores de risco dinâmicos : um estudo numa amostra de estudantes universitárias
Pereira, I. G. G. (Autor). 2022
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado