Ao longo das últimas décadas tem sido realizado um esforço para concetualizar a Hipersexualidade. A literatura refere a Hipersexualidade como um padrão persistente de comportamentos no qual os indivíduos perdem o controlo dos seus impulsos, fantasias e comportamentos sexuais, causando sofrimento e consequências para si e/ou para os outros. Este fenómeno tem-se mostrado controverso e abrangente tendo em conta que vários autores afirmam que provém de diferentes etiologias como a adição ou dependência sexual, compulsividade sexual e impulsividade sexual. Através de uma tarefa Go/No-Go Emocional Modificada e pela apresentação de estímulos visuais emocionais (sexuais), positivos (desporto) e neutros, este estudo pretendeu analisar de que forma a Impulsividade está associada a indicadores de Hipersexualidade e avaliar a duração da primeira fixação, na qual existe extração de informação. A amostra foi composta por 55 homens e 58 mulheres (N=113). Os resultados sugerem uma maior duração da primeira fixação a estímulos neutros, contrariamente ao esperado. Para além disso, os resultados mostram não haver associações significativas entre os indicadores de Hipersexualidade e duração da primeira fixação, concluindo-se que os dados não inviabilizam o papel da impulsividade no comportamento hipersexual. Denota-se a importância das diferentes etiologias serem mais exploradas por forma a melhor explicar este fenómeno e a sua abrangência.
- MESTRADO EM PSICOLOGIA FORENSE
- PSICOLOGIA
- SEXUALIDADE
- IMPULSIVIDADE
- COMPULSIVIDADE SEXUAL
- TID:202539849
O papel da impulsividade no comportamento hipersexual : análise da duração da primeira fixação numa tarefa Go/No-Go modificada
Almeida, V. R. (Autor). 2020
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado