Enquanto fenómeno social, a educação tem como objetivo primordial a transmissão de conhecimentos, sejam eles de caracter cultural ou científico, os quais são condicionados pelo meio envolvente onde se desenvolvem.
Consciente dessa realidade, vários países da Europa e do Mundo, tem vindo ao longo das últimas décadas a alterar as suas políticas educativas, assumindo uma postura descentralizadora, promovendo a intervenção educativa do local.
Em Portugal, embora suportado por um quadro normativo comum a todos os municípios, as respostas dadas pelos municípios têm sido díspares, facto que tem gerado alguma controvérsia.
Esta discrepância nas respostas dadas pelos municípios, e a curiosidade em perceber a perceção que os diversos atores educativos do Concelho de Sesimbra, docentes, autarquia, pais e encarregados de educação, no que à transferência de competências, ao nível da educação, do Poder Central para o Poder Local, possuem, serviu como questão de partida para a realização do presente estudo.
Optamos pela metodologia do estudo de caso que inscrevemos num paradigma de investigação qualitativa, recorrendo à análise documental e realização de entrevistas.
Os resultados obtidos evidenciam uma convergência de opinião dos atores envolvidos, considerando a municipalização da educação, suportada pela proximidade, como uma mais-valia para o desenvolvimento do local e do sistema educativo em geral.
A politização da educação, a possível transferência da gerência do pessoal docente e o aspeto financeiro são os aspetos apontados como negativos.
- MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL E REGULAÇÃO DA EDUCAÇÃO
- EDUCAÇÃO
- POLÍTICA EDUCATIVA
- DESCENTRALIZAÇÃO
- PODER LOCAL
- MUNICÍPIOS
- PORTUGAL
- TID:202725499
Municipalização da educação em Portugal. A perceção dos atores envolvidos. O caso do concelho de Sesimbra
Lopes, N. A. B. (Autor). 2020
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado