As experiências adversas na infância têm vindo a ser empregues na investigação direcionadas
para a compreensão do seu impacto na saúde pública, o que possibilitou o seu reconhecimento
como fator de risco para o desenvolvimento de inúmeras patologias. Paralelamente, têm surgido
linhas de investigação que compreendem as experiências positivas na infância como fatores
protetores da adversidade. Os fatores ambientais aparentam desempenhar um papel causal
significativo na génese da psicopatia, pelo que se nota urgente a avaliação precisa e consistente
destas experiências, a fim de otimizar a avaliação e intervenção desta psicopatologia. Por forma
a avaliar estes construtos, foi administrado um questionário on-line abrangendo o Adverse
Childhood Experiences Questionnaire (ACE), a Benevolent Childhood Experiences Scale
(BCE) e o Self-Report Psychopathy Scale – Short Form (SRP-SF). Os resultados apontam uma
relação dose-resposta entre estas experiências e a subsistência de perturbação mental.
Adicionalmente, evidenciam-se correlações significativas entre estas experiências e as facetas,
bem como diferenças significativas entre grupos ao nível da psicopatia. O abuso revelou-se
como a variável preditora mais significatica. As experiências positivas aparentam moderar a
relação entre a adversidade e a psicopatia. Conclui-se pela necessidade de prevenção da
adversidade na infância e promoção de experiências positivas no curso da vida.
- MESTRADO EM PSICOLOGIA FORENSE
- PSICOLOGIA FORENSE
- INFÂNCIA
- PSICOPATIAS
- TID:203198905
Experiências na infância e psicopatia : que relação?
Oliveira, J. B. S. (Autor). 2022
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado