A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2050, haverá mais de 2 mil milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. Assim, torna-se urgente para a sociedade e os profissionais de saúde promover o envelhecimento ativo. O envelhecimento ativo define-se como processo de otimização de oportunidades para a saúde, a participação cívica e a segurança para a melhoria da qualidade de vida no envelhecimento. Dois aspetos parecem influenciar o processo de envelhecimento ativo: suporte social percebido e bem estar-subjetivo. O suporte social percebido define-se como a perceção da presença e disponibilidade de pessoas nas quais podemos confiar. O bem-estar subjetivo é a avaliação global que a pessoa faz da sua vida e da sua experiência. O objetivo deste trabalho é estudar a relação entre suporte social percebido, bem-estar subjetivo e desempenho cognitivo no envelhecimento ativo. Para o efeito, foi seleccionada uma amostra de 32 pessoas com mais de 65 anos numa universidade sénior. Foram aplicadas a Escala de Satisfação com a Vida para aferir o bem-estar subjetivo, a Escala de Satisfação com o Suporte Social para averiguar o suporte social percebido e as Matrizes Coloridas Progressivas de Raven para testar o desempenho cognitivo. Os resultados demonstram que a idade, as habilitações literárias e o suporte social percebido são preditores do desempenho cognitivo. Podemos verificar que a perceção da qualidade do suporte social é central no processo de envelhecimento ativo. Futuramente, o estudo poderá ser replicado com uma amostra maior e mais heterogénea, incluindo participantes de outras atividades sociais.
- MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE
- PSICOLOGIA
- PSICOLOGIA CLÍNICA
- ENVELHECIMENTO ATIVO
- SUPORTE SOCIAL
- BEM-ESTAR SUBJETIVO
- COGNIÇÃO
- TID:202056473
Envelhecimento ativo: a relação entre suporte social percebido, bem-estar subjetivo e desempenho cognitivo
Bouça, A. C. D. S. (Autor). 2018
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado