Efeito moderador do coping na relação entre a sintomatologia de PTSD e comportamentos de risco: estudo longitudinal

  • Catarina Filipa Barbosa Fernandes

Tese do aluno: Dissertações de Mestrado

Resumo

A presente dissertação teve como principal objetivo avaliar o efeito moderador do coping na relação entre Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD) e comportamentos de risco numa amostra de jovens com história de adversidade e trauma A amostra foi composta por jovens que se encontram em situação de acolhimento e/ou frequentam Escolas Profissionais. As novidades deste estudo relacionam-se com: estudo longitudinal com uma amostra de jovens com história de adversidade e poli-traumatização, o estudo do coping positivo e o facto de toda a amostra cumprir o critério A do DSM V (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders V) no diagnóstico de PTSD ou estar sinalizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) ou pelo Tribunal ou Segurança Social. Método: O estudo incluiu 151 participantes sendo que, 68 (45%) são do sexo masculino e 83 (55%) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos (M =15,99; DP= 1,25). É possível verificar que, 41 (27.2%) jovens residem em casas de acolhimento; 61 (40.4%) residem com o pai e com a mãe; 32 (21.2%) residem apenas com a mãe e 1 (0.7%) residem somente com o pai. Os instrumentos administrados foram: Questionário Sociodemográfico, Lista de Experiências Traumáticas para DSM-5, Child PPST Symptom Scale – V, Escala de Estratégias de Coping na Adolescência e Lista de Comportamentos de Saúde. Resultados: Os principais resultados obtidos revelaram os jovens em média praticam 4 comportamentos de risco, sendo que o comportamento de risco mais comum é o experimentar tabaco (73%) e comportamentos violentos (45%). Verificou-se ainda que os jovens que relataram mais sintomatologia de PTSD, adotaram mais comportamentos de risco e os jovens que relataram mais estratégias de coping positivas, adotaram menos comportamentos de risco. O efeito moderador do coping na relação entre a sintomatologia de PTSD e comportamentos de risco não foi significativa, nem preditora de comportamentos de risco. Conclusões: Este estudo sugere que jovens residentes em casas de acolhimento, bem como jovens da comunidade podem ser expostos a acontecimentos traumáticos. Uma das medidas que pode diminuir a probabilidade destes jovens desenvolverem sintomatologia de PTSD poderá passar por aumentar as estratégias de coping positivas, que se mostrou ser uma variável significativa.
Data do prémio2018
Idioma originalPortuguês
SupervisorRicardo José Martins Pinto (Orientador) & Inês Martins Jongenelen (Orientador)

Keywords

  • MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE
  • PSICOLOGIA
  • PSICOLOGIA CLÍNICA
  • PERTURBAÇÃO DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICO
  • ESTRATÉGIAS DE COPING
  • COMPORTAMENTOS DE RISCO
  • JOVENS EM RISCO
  • TID:202175545

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