Com a crescente prevalência dos índices de depressão e ansiedade no mundo, que acompanham proporcionalmente, o aumento constante do consumo de antidepressivos e ansiolíticos, torna-se cada vez mais necessário abordar estes dois transtornos mentais, como um problema de saúde publica, uma vez que estas doenças, condicionam negativamente os indivíduos que sofrem com estas patologias. Portugal apresenta valores consideráveis, relativamente à carga de doenças mentais e ao seu impacto, na sociedade, face à Europa. Por esta razões, é então necessário, compreender que fatores estão associados à gestão da saúde mental dos doentes que sofrem destes dois tipos de transtornos psiquiátricos, e que lacunas podem ser preenchidas, relativamente ao acesso a cuidados especializados em saúde mental. Para um melhor entendimento do papel que o farmacêutico comunitário, na gestão da saúde mental, no acompanhamento e o aconselhamento farmacoterapêutico, feito a utentes consumidores de medicação ansiolítica e antidepressiva e o possível envolvimento de outros profissionais de saúde, na gestão da saúde mental destes utentes, procedemos à implementação de estudo observacional ao longo de 3 meses, em farmácia comunitária, localizada em Agualva Cacém, para que pudéssemos responder às questões de investigação. Foram estabelecidos critérios de inclusão específicos, e foi definido um número para a dimensão da amostra em estudo. O tratamento de dados, foi efetuado com o recurso as seguintes plataformas: Google Forms, e Software Jamovi versão 2.3.28 e MS Excel. Relativamente aos resultados obtidos, foram realizados 80 inquéritos. 77,5% da amostra pertencia ao sexo feminino e a maioria dos participantes, tinha mais de 65 anos. Cerca de 40% dos participantes, não tem médico de família e 56,3% não tem acompanhamento especializado, feito por um psiquiatra/psicólogo. Uma grande parte dos participantes realçou a falta de auxílio do farmacêutico, fazendo ainda referência ao facto do farmacêutico preocupar-se somente com a dispensa da medicação em causa. Relativamente ao recurso a medicinas alternativas, embora cerca de 90% dos participantes não tenha profissionais qualificados em medicinas alternativas envolvidas na gestão da sua saúde mental, dos que têm, a acupuntura e o reiki, são medicinas alternativas mais praticadas pelos participantes. Em suma, com este tipo de estudos observacionais na comunidade, é possível destacar, especificamente que problemas devem ser contornados, para que sejam concretizados mais projetos, com uma maior frequência e uma maior taxa de sucesso, tanto para os utentes, como para os farmacêuticos, para alem de acrescentar imenso valor, ao papel do farmacêutico na comunidade. Palavras - Chave Ansiolíticos; antidepressivos; farmácia comunitária; cuidados especializados; gestão de saúde mental
- MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
- CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
- ANSIOLÍTICOS
- ANTIDEPRESSIVOS
- FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS
- SAÚDE MENTAL
- SAÚDE PÚBLICA
- FARMACÊUTICOS
- TID:203745809
Caracterização do acompanhamento profissional de utilizadores de ansiolíticos e antidepressivos
Có, H. A. (Autor). 2024
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado