Objetivo. O presente trabalho teve como objetivo analisar a relação entre dois
tipos de aulas de grupo (aula de treino resistente e aula de mente e corpo) e
parâmetros/variáveis de bem-estar, bem como comparar os efeitos de uma manipulação
do mindset nas diferentes aulas de grupo em parâmetros de bem-estar.
Método. Inicialmente foi elaborada uma revisão sistemática de literatura com
base em estudos experimentais e não experimentais sobre a associação entre a prática de
atividade física e o bem-estar em indíviduos adultos (entre os 18 e os 65 anos), de
ambos os sexos. A pesquisa dos artigos foi realizada através de três bases de dados online -
SPORTDiscus, PsycINFO e PubMed, tendo alguns artigos sido encontrados através de
pesquisa manual. A recolha de artigos decorreu entre o dia 29 de janeiro e 10 de abril de
2018, tendo tido como referência o modelo PICO. Numa segunda fase foi realizado um
estudo tranversal com uma amostra de 60 participantes de um ginásio de média/grande
dimensão da zona central de Lisboa. Variáveis emocionais e de regulação motivacional
foram avaliadas através de questionários. Procedeu-se à realização de uma análise
descritiva, foram utilizados testes T de amostras independentes e testes T de pares.
Análises de nornalidade foram efetuadas no início das análises estatísticas, recorrendo
ao teste de Shapiro-Wilk. Testes de homogeneidade de Levene também foram
analisados nas análises de amostras independentes.
Resultados. Na revisão sistemática da literatura foram encontrados um total de
22 artigos, e após a leitura integral, 16 artigos foram incluídos, sendo referentes à
relação entre a prática de atividade física e o bem-estar, tendo todos apresentado
resultados associando a prática de atividade física a melhorias no bem-estar.
No segundo estudo, em que se pretendia verificar se a manipulação do mindset
produziria valores superiores de bem-estar aos benefícios já conhecidos pela prática da
atividade física, os resultados não corroboraram a hipótese inicial de que uma
manipulação do mindset contribuiria para perceções de bem-estar superiores em
comparação às aulas sem manipulação.
Conclusão. Embora exista evidência científica que suporte que a atividade
física contribui para melhorias ao nível do bem-estar e resposta emocional dos praticantes, não se conseguiu comprovar a hipótese inicial de que estes valores seriam
ainda superiores perante um cenário em que se procedesse à manipulação dos
participantes das aulas analisadas (aula de treino resistente e aula de mente e corpo).
- MESTRADO EM EXERCÍCIO E BEM-ESTAR
- DESPORTO
- EDUCAÇÃO FÍSICA
- ATIVIDADE FÍSICA
- EXERCÍCIO FÍSICO
- BEM-ESTAR
- AULAS DE GRUPO
- TID:202212858
Atividade física e bem-estar : um estudo de caso em adultos praticantes de aulas de grupo
Pedro, B. M. D. S. (Autor). 2018
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado