Este trabalho visa contribuir para uma melhor compreensão da problemática das
bibliotecas públicas durante o período da I República (1910-1926). Pretende-se, assim,
apreender à luz do ideário educativo republicano, qual foi a visão doutrinária e as propostas para a criação e/ou reorganização das bibliotecas públicas apresentadas por parte do poder
político e de distintos eruditos que pensaram e escreveram sobre esta temática. Neste sentido,
a análise documental privilegiou como fontes principais, os diplomas legais considerados mais significativos e estruturantes para o sector bibliotecário, promulgados pelos governos
republicanos, bem como os textos doutrinários versados em artigos e ensaios escritos por Raul Proença, António de Bettencourt Ataíde e António Ferrão, os quais deram um importante
contributo para a dinamização desta área.
O trabalho está organizado em três capítulos: no primeiro, procedemos a uma breve abordagem do contexto político e histórico que favoreceu o desenvolvimento das bibliotecas
públicas; no segundo, centramo-nos na análise de legislação referente às bibliotecas Eruditas, Populares e Móveis e, no terceiro, procuramos sinalizar as principais temáticas que
mobilizaram os autores acima referidos em torno das Bibliotecas.
As bibliotecas públicas, nas suas diferentes tipologias, deveriam constituir-se como
espaços complementares à escola, ao serviço da instrução e da cultura, facilitando o acesso ao livro, ao saber, à informação e ao conhecimento e, deste modo, contribuírem para elevar o nível de Educação de todos os cidadãos.
- EDUCAÇÃO CÍVICA
- I REPÚBLICA
- EDUCAÇÃO
- LEITURA PÚBLICA
- BIBLIOTECAS
- MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO - ESP. EM BIBLIOTECAS ESCOLARES E LITERACIAS DO SÉC.XXI
As bibliotecas na I República : do discurso político à visão dos intelectuais
Gonçalves, M. D. G. (Autor). 2012
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado