O tecnostresse pode ser definido como um estado psicológico negativo associado à utilização
das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação que varia num contínuo entre a
tecnofobia e a tecnoadição. Embora os polos deste espectro não sejam vistos como fobias e
adições específicas, encontram-se associados a várias psicopatologias, nomeadamente com a
ansiedade e a depressão, que podem ser explicadas e mediadas por fatores transdiagnósticos
comuns: ruminação, regulação emocional e preocupação. O presente estudo teve como objetivo
utilizar a Análise de Classes Latentes para identificar subgrupos de risco, tendo em conta fatores
transdiagnóstico e de acordo com a sua interação com a tecnologia. Sendo um estudo de
natureza exploratória e transversal, baseou-se numa amostra por conveniência de 470
participantes (M idade =29,25 anos; DP=10,7 anos), maiores de idade e com a língua portuguesa
como nativa. Os resultados revelaram a existência de 4 perfis de utilizadores distintos, com
especial realce para um grupo de super utilizadores, orientados para o trabalho, e interação
disfuncional que se destacou pelos níveis elevados nas dimensões clinicamente significativas.
Estes tipos de super utilizadores são caracterizados pela sua juventude, possuem elevadas
habilitações académicas e com o uso precoce de internet, no entanto, apresentam elevados
níveis na ruminação e na preocupação, assim como um défice na regulação emocional.
- MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE
- PSICOLOGIA
- STRESS
- TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
- ADULTOS
- TID:202979350
Abordagem transdiagnóstica e tecnostresse : um estudo exploratório com análise de classes latentes (LCA) numa amostra comunitária de adultos
Miranda, I. P. (Autor). 2021
Tese do aluno: Dissertações de Mestrado