Resumo
Existe ainda uma certa agitação em torno da ideia do que é uma Cidade Inteligente: para alguns, é uma preocupação, para outros é um campo aberto de enormes possibilidades. Originada na ubiquidade da computação imersiva em ambientes urbanos e implementada pela convergência entre vários meios de comunicação, uma Cidade Inteligente parece prometer eficiência agregada entre equipamentos, estruturas e indivíduos. Por outro lado, uma Cidade Inteligente parece simultaneamente limitar a cidadania a uma série de movimentos pré-estabelecidos, induzidos ou monitorados, anunciando uma espécie de vigilância voluntária. Inspirado em alguns trabalhos, este artigo tenta fornecer uma reflexão sobre o complexo dispositivo que uma Cidade Inteligente pode ser. Utilizando um exercício arqueológico, aborda a comunidade e o seu envolvimento na criação de lugares. Como uma rede de pessoas, arquiteturas, ferramentas e programas, uma cidade sempre foi um campo informativo e um ambiente suscetível a comandos, portanto de controle. Uma Cidade Inteligente pode não ser uma nova invenção, mas sim transformação de estruturas antigas com novos meios e materialidades, emergindo como resultado da difusão da tecnologia digital no espaço físico. Portanto, a questão não se baseia na tecnologia implantada, mas sim no caráter programático dos sistemas que ela instala. Afinal, na tecnologia pode residir o caminho para criar uma comunidade politicamente ativa e sensível.
| Título traduzido da contribuição | A Cidade Inteligente como Ambiente Participativo: Um Exercício Arqueológico Sobre como Construir uma Comunidade Política |
|---|---|
| Idioma original | Inglês |
| Páginas (de-até) | 118-134 |
| Revista | Interações: Sociedade e as novas modernidades |
| Número de emissão | 44 |
| DOIs | |
| Estado da publicação | Publicadas - 30 jun. 2023 |
Financiamento
The reflection presented in this paper is partially funded by the Erasmus + Project DCBox Digital Curator and Toolbox. Agreement n° 2021-1-IT02-KA220-HED-000032253