Resumo
Neste artigo procuramos reconstituir o processo de decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (Programme for International Student Assessment), no arco temporal que mediou entre a tomada de posse do XIII Governo Constitucional, em 1995, e a divulgação, em 2001, dos resultados da primeira participação dos alunos portugueses neste inquérito internacional. Do ponto de vista metodológico, privilegiou-se
uma abordagem qualitativa centrada na análise compreensiva de docu mentos de política educativa, incluindo textos legais (e.g., decretos-lei, decretos regulamentares, portarias), programa de governo, discursos de apresentação e debates parlamentares realizados em seu torno e, ainda, entrevistas em profundidade a atores políticos relevantes em cargos governamentais no período em estudo e a dirigentes envolvidos na coordenação da primeira participação portuguesa no PISA. Do ponto de vista teórico, mobilizaram-se contributos sobre, por um lado, a emergência, mobilização e disseminação das avaliações internacionais de larga escala e, por outro, sobre os fundamentos da participação dos países nessas avaliações. Os resultados da nossa análise sugerem que a decisão política sobre a participação de Portugal no PISA, que não foi unânime, terá sido tomada por emulação normativa e visou consolidar
uma direção particular da agenda da política educativa nacional.
Título traduzido da contribuição | The political decision on Portugal’s entry into PISA: Portugal in searching for a global belonging |
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Idioma original | Português |
Páginas (de-até) | 97-109 |
Número de páginas | 13 |
Revista | Revista Lusófona de Educação |
Volume | 56 |
Número de emissão | 56 |
DOIs | |
Estado da publicação | Publicadas - 2022 |
Keywords
- EDUCAÇÃO
- PISA (PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ALUNOS)
- DECISÃO POLÍTICA
- POLÍTICA EDUCATIVA
- EMULAÇÃO NORMATIVA
- PORTUGAL