TY - JOUR
T1 - A museologia e a construção de sua dimensão social: olhares e caminhos
AU - Chagas, Mário de Souza
AU - Primo, Judite Santos
AU - Assunção, Paula
AU - Storino, Cláudia
N1 - Cadernos de Sociomuseologia
PY - 2018
Y1 - 2018
N2 - Olhar para a museologia, de modo especial, para a denominada museologia social ou sociomuseologia, conversando com
ideias e noções que podem ser consideradas óbvias, mas que, talvez, examinadas por outro ângulo, tenham algo de novo a
oferecer, faz parte dos objetivos do presente texto. Além disso, é pertinente perguntar: o óbvio é óbvio para quem? Não
raro, aquilo que parece óbvio para determinados grupos de especialistas, pode não ser óbvio para uma grande maioria de
pessoas. É neste sentido que peregrinando pela obviedade, afirma-se que a museologia social ou sociomuseologia não surgiu
do nada e também não é o resultado de intelectuais iluminados que retiraram de si mesmos, de suas essências a luz museal
ou museística que haveria de iluminar o mundo; ao contrário, surgiu de amplos debates e embates, de um acúmulo de
tensões, críticas, enfrentamentos, vivências, reflexões e práticas que impactaram a museologia e os museus que do século
XIX, projetaram-se no século XX, sem que seus paradigmas tivessem sido submetidos a uma análise crítica.
Em outros termos: a museologia social ou sociomuseologia não é o resultado de uma construção teórica que quer, a todo
custo, de cima para baixo, enquadrar os museus e as diferentes formas de pensar e praticar a museologia aos seus ditames
técnicos, científicos, artísticos e filosóficos; ao contrário, trata-se de uma construção que resulta de um contexto histórico
específico, que não tem e não quer ter um caráter normativo e que apresenta respostas singulares para problemas também
singulares e que, sobretudo, assume explicitamente compromissos políticos e poéticos.
AB - Olhar para a museologia, de modo especial, para a denominada museologia social ou sociomuseologia, conversando com
ideias e noções que podem ser consideradas óbvias, mas que, talvez, examinadas por outro ângulo, tenham algo de novo a
oferecer, faz parte dos objetivos do presente texto. Além disso, é pertinente perguntar: o óbvio é óbvio para quem? Não
raro, aquilo que parece óbvio para determinados grupos de especialistas, pode não ser óbvio para uma grande maioria de
pessoas. É neste sentido que peregrinando pela obviedade, afirma-se que a museologia social ou sociomuseologia não surgiu
do nada e também não é o resultado de intelectuais iluminados que retiraram de si mesmos, de suas essências a luz museal
ou museística que haveria de iluminar o mundo; ao contrário, surgiu de amplos debates e embates, de um acúmulo de
tensões, críticas, enfrentamentos, vivências, reflexões e práticas que impactaram a museologia e os museus que do século
XIX, projetaram-se no século XX, sem que seus paradigmas tivessem sido submetidos a uma análise crítica.
Em outros termos: a museologia social ou sociomuseologia não é o resultado de uma construção teórica que quer, a todo
custo, de cima para baixo, enquadrar os museus e as diferentes formas de pensar e praticar a museologia aos seus ditames
técnicos, científicos, artísticos e filosóficos; ao contrário, trata-se de uma construção que resulta de um contexto histórico
específico, que não tem e não quer ter um caráter normativo e que apresenta respostas singulares para problemas também
singulares e que, sobretudo, assume explicitamente compromissos políticos e poéticos.
KW - MUSEOLOGIA
KW - SOCIOMUSEOLOGIA
KW - EDUCAÇÃO
KW - MEMÓRIA
KW - MUSEOLOGY
KW - SOCIOMUSEOLOGY
KW - EDUCATION
KW - MEMORY
UR - http://hdl.handle.net/10437/9293
U2 - 10.36572/csm.2018.vol.55.03
DO - 10.36572/csm.2018.vol.55.03
M3 - Article
SN - 1646-3714
VL - 55
JO - Cadernos de Sociomuseologia
JF - Cadernos de Sociomuseologia
IS - 11
ER -